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Notícias


13/05/2017 - Idosos, trabalho e educação

 

 

 

Fonte: ESTADÃO - Radar do Emprego

 

 

Por: Redação

 

 

 

O que prolonga a vida profissional dos idosos é a boa educação.

 

 

Marcelo Treff, professor da PUC

 

Nas duas últimas semanas o assunto aposentadoria foi manchete dos principais veículos de comunicação no País. Por isso, resolvi citar o artigo da revista The Economist ― “A Invasão dos Idosos”,― que analisou a participação de pessoas acima dos 60 anos que continuam trabalhando.

 

Dentre os países desenvolvidos, os EUA tem uma proporção de idosos que permanecem em atividade em torno dos 20% nos dias atuais; na Alemanha 50%; em Portugal, dos 2,1 milhões de idosos, 11,3% continuam ativos. São pessoas de 65, 70 e 75 anos – e até mais – que continuam em atividade. O artigo também mostra que na França muitos idosos de 80 anos são ativos.

 

São dados interessantes quando consideramos, além do envelhecimento da população mundial, as taxas negativas de natalidade nos grandes centros, os déficits dos sistemas de previdência, as vagas que jovens se negam a preencher, o aumento da preocupação com a qualidade de vida, entre outros fatores.

 

No entanto, considero que a questão mais relevante do artigo esteja relacionada ao nível educacional dos idosos. O artigo revela que o que prolonga a vida profissional dos idosos é a boa educação. Nos EUA, entre os que têm curso superior, 65% continuam trabalhando; entre os que ficaram apenas com o ensino médio, são 32%; na Europa, as proporções são de 50% e 25% respectivamente.

 

Esses dados corroboram a tese de que educação faz a diferença em qualquer idade. No Brasil, segundo a pesquisa realizada pelo SPC Brasil e pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL), e publicada pelo site G1, mais de um terço das pessoas acima de 60, anos que já estão aposentadas, continuam ativas.

 

Considerando-se os aposentados que têm entre 60 e 70 anos, o porcentual dos que trabalham é de 42,3%. Desses, 46,9% afirmam que continuam na ativa para complementar a renda insuficiente; 23,2% para manter a mente ocupada; 18,7% para sentir-se produtivo e 9,1% para ajudar a família.

 

Vale ressaltar que a aposentadoria e o recebimento de pensão são as principais fontes de renda para 74,6% dos idosos brasileiros. Portanto, há oportunidades de trabalho (e emprego) para pessoas acima dos 60 anos no Brasil.

 

Porém, diferentemente dos países desenvolvidos, a baixa escolaridade da grande maioria nessa faixa etária apresenta-se como um dificultador para a conquista de melhores oportunidades e, consequentemente, de melhores salários. Segundo a Fundação Seade, o analfabetismo entre idosos no Brasil é de 26,5% (14,1% no Estado de São Paulo).

 

 

 

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